Coleta Seletiva no Condomínio: Conheça as Melhores Práticas
A coleta seletiva no condomínio muitas vezes é motivo de conflitos nas assembleias. Enquanto alguns condôminos sabem da importância da separação correta do lixo, outros ainda não tem consciência da sua relevância.
Se o seu edifício ainda não faz o descarte adequado dos materiais, continue a leitura. No post de hoje nós vamos explicar a importância da coleta seletiva e os passos essenciais para implantá-la com sucesso.
O que é coleta seletiva no condomínio?
A coleta seletiva no condomínio é feita para separar o lixo de acordo com a sua classificação: metal, papel, papelão, plástico, vidro, orgânico e não recicláveis.
Posteriormente, esses materiais podem ser retirados pelo serviço público ou privado, ou então levados voluntariamente para um ponto de coleta.
Qual a importância da coleta seletiva para os condomínios?
A coleta seletiva no condomínio é importante por inúmeros motivos. O primeiro e principal, é a sustentabilidade do planeta.
O segundo fator é a contribuição para a redução da proliferação de pragas urbanas (ratos, baratas, formigas, pombos…). Além disso, evita mau cheiro e agrega valor ao condomínio por ter uma gestão sustentável.
Outro ponto relevante é a possibilidade de arrecadar dinheiro por meio dos resíduos recicláveis. É possível vendê-los para empresas, cooperativas de reciclagem ou tratadoras. E o valor arrecadado pode ser usado para melhorias ou reparos no próprio edifício.
Por último, mas não menos importante, é facilitar o serviço dos funcionários da limpeza pública, ajudando na destinação correta dos resíduos e proporcionando maior segurança para eles, evitando acidentes ou danos causados pelos materiais descartados.
O que diz a legislação sobre coleta seletiva?
A Lei Federal 12.305 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. E apesar de não citar diretamente os condomínios, atribui a “responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos” aos consumidores.
Ainda, é importante se atentar para a legislação específica de cada estado ou município, pois em alguns locais, a coleta seletiva no condomínio é obrigatória.
Podemos citar como exemplo o estado de São Paulo, que obriga condomínios residenciais com, no mínimo, cinquenta unidades a implantarem a coleta seletiva, de acordo com a Lei 12.528/2007.
Passos importantes para implantar a coleta seletiva no condomínio.
Se o seu condomínio ainda não faz a coleta seletiva, mas pretende implementar, confira abaixo tudo o que você precisa para que esse novo processo seja bem-sucedido.
- Espaço adequado:
Antes de tudo, é preciso saber se o condomínio possui um espaço adequado para posicionar todas as lixeiras necessárias. É ideal que o local escolhido seja limpo e arejado, evitando cheiros ruins que possam trazer pragas para o edifício.
Também é imprescindível que nenhum condômino seja prejudicado pela presença desses itens. Se for preciso reformem um local ou adaptem para que possa ficar acessível e cômodo para todos (assim as chances de adesão são maiores).
2. Orçamento:
A compra de todas as lixeiras pode representar um valor significativo, portanto, faça orçamentos para encontrar o produto que tenha o melhor custo-benefício.
Escolha os modelos, tamanhos e quantos serão necessários para suprir a demanda de todo edifício. A coleta seletiva em um condomínio de grande porte pode precisar de dois ou mais kits de lixeiras.
3. Informação:
Esse é o passo essencial para implantar com sucesso a coleta seletiva no condomínio. Se os moradores não sabem como funciona esse processo, dificilmente contribuirão.
Portanto explique a finalidade de cada cor de lixeira e como elas devem ser utilizadas. Por exemplo:
- Azul: Papel e papelão
- Verde: Vidros
- Vermelho: Plásticos
- Amarelo: Metais
- Marrom: Orgânicos
- Cinza: Não recicláveis
4. Organização:
A organização é fundamental para que tudo flua da melhor maneira possível, evitando transtornos.
Defina quem será a pessoa responsável por recolher o lixo e em quais dias e horários isso deve ser feito. É muito importante não acumular mais itens do que o condomínio pode suportar.
Caso o serviço de coleta público não seja suficiente, é possível contratar uma empresa para a retirada ou buscar parceria com uma cooperativa (dependendo da quantidade de materiais).
Atenção especial com os funcionários em relação à coleta seletiva no condomínio
Os profissionais da limpeza do condomínio precisam receber treinamento adequado para manusear os materiais descartados, sejam eles recicláveis ou não.
Eles precisam usar os equipamentos de proteção individual apropriados, tais como luvas e máscaras.
Além disso, o condomínio deve pagar adicional insalubridade para os funcionários, caso contrário, eles podem ficar doentes ou se machucarem, e acionar o edifício na justiça.
Considerações finais
Os síndicos são constantemente cobrados e pressionados pelos moradores mais conscientes sobre a implementação e cumprimento da política de separação correta de materiais no edifício.
Conforme citamos anteriormente, esse tema está na pauta de diversas assembleias condominiais, sendo muitas vezes motivo de desavenças entre vizinhos.
No entanto, essa tarefa não é responsabilidade somente do administrador. Para que a coleta seletiva no condomínio seja bem-sucedida, é essencial que todos os moradores estejam comprometidos com esse processo e se responsabilizem por fazer o descarte correto dos resíduos e rejeitos.
Além disso, para manter o condomínio em ordem, é necessário que todas as áreas estejam limpas. Confira 6 dicas sobre a limpeza do condomínio: clique aqui.
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