Liberação das Áreas Comuns

Seu Condomínio está Preparado para Liberação das Áreas Comuns?

Depois de cerca de três meses fechados devido a quarentena da Covid-19, as conversas que envolvem as normas para a liberação das áreas comuns em condomínios começaram a ser discutidas após o veto no trecho da Lei 1.179/2020 que dava ao síndico o poder de restringir o uso das áreas comuns e impedir festas. E, em São Paulo, a prefeitura estabeleceu que os condomínios teriam autonomia para definir as regras de flexibilização.

Neste contexto, ainda que a flexibilização no uso destes locais seja estabelecida em alguns momentos, os cuidados com a saúde devem ser redobrados em função dos riscos gerados pela proliferação do vírus da Covid-19.

Se você é síndico e está na dúvida sobre como realizar a liberação das áreas comuns, acompanhe a leitura. Este texto foi desenvolvido para ajudá-lo neste processo de decisão.

Os perigos da liberação das áreas comuns

É de conhecimento público que a flexibilização do isolamento social aumenta as chances de transmissão do coronavírus. Além disso, todos sabem que existem grupos de riscos para essa doença, portanto, é necessário que as decisões sejam baseadas em empatia e no cuidado com  o coletivo.

Neste cenário, os gestores condominiais podem seguir o plano de retomada a partir das orientações fornecidas, conforme a prefeitura da sua cidade.

No Twitter, o presidente Jair  Bolsonaro defendeu o veto de artigos alegando que “qualquer decisão de restrição nos condomínios devem ser tomados seguindo o desejo dos moradores nas assembleias internas”.

Esta é uma situação onde síndicos e condôminos devem agir juntos, pensando na saúde como um aspecto coletivo. Logo após, reconhecer os próprios limites que existem no local – onde a liberação ocorrerá também é importante.

Vale lembrar que as Assembleias presenciais também não são indicadas neste momento, por contribuir para a aglomeração de pessoas, sendo assim o indicado é consultar a opinião dos moradores por meio de Assembleias Digitais.

Os cuidados que devem ser adotados

Áreas comuns

Para evitar a contaminação pelo coronavírus é preciso que todos estejam usando máscaras de proteção individual a partir do momento em que saírem de suas residências.

Instalar dispensers de álcool gel também é uma forma de prevenção. Porém, também é muito importante manter todos os ambientes das áreas comuns ventilados.

Principais Foco dos Debates

O uso de salões de festas, churrasqueiras e piscinas, são os principais pontos de discussões, A realização de uma festa implica comumente na aglomeração de pessoas, sendo assim, espaço favorável para disseminação da doença.

A Academia também é uma das áreas comuns mais desejadas por parte dos condôminos. Mas também pelo contato com as superfícies dos equipamentos podem ocorrer a transmissão das doenças. Uma possibilidade seria a liberação destes espaços por hora e residência. Mas essa não é uma gestão fácil, até porque os horários mais disputados são os do início e final do dia e, dificilmente, acolheria todos os condôminos que desejam?

Vale destacar que ainda que evitasse a aglomeração na academia, haveria a necessidade de higienização dos equipamentos a cada troca de usuário, o que também é pouco viável para a a maioria dos condomínios.

Playground e Brinquedoteca são as áreas mais desejadas pelas mães e crianças, afinal, mantê-las trancada dentro dos apartamentos não é missão fácil. Mas é preciso cuidado e organização.

Especialmente a liberação do uso do playground em áreas abertas é menos polêmica, embora o cuidado com a higienização continua se fazendo necessário e o uso intercalado do espaço privilegiando uma família por vez é o mais recomendado.

Obras

O mais sensato a se fazer é evitar as obras externas até essa situação de crise amenizar. Porém as obras internas, dento da residência dos condôminos pode ser permitida, desde que não prejudique os demais moradores em questões de ruídos e poluição sonora e sejam adotados os cuidados devidos no trânsito dos profissionais.

Mas independente das possibilidades de abertura o melhor a ser feito, inclusive, para ser mais democrático é promover uma assembleia na qual os condôminos farão suas escolhas.

Realização de assembleia

Para entender as necessidades apresentadas segundo cada local, deve-se escutar os condôminos e entender qual o posicionamento deles, perante a situação e sobre a liberação das áreas comuns.

Em primeiro lugar, é recomendado estabelecer um processo de votação em assembleia online.

Conforme a reabertura for tomando forma, a circulação de pessoas vai, consequentemente, aumentar e é neste momento em que não podemos dar chance para a proliferação do vírus. Pensando nisso, o essencial é investir em comunicação e orientação clara e contínua com moradores.

Entendendo o crescente aumento desse debate nos condomínios a Manager está compartilhando o Guia da AABIC – Associação das Administradoras de Bens e Imóveis e Condomínio de São Paulo com Orientações Gerais para Reabertura dos Condomínios Residencias,  para baixá-lo, clique no link e acesse.

 

 

 

 

 

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