Para-raios: Equipamento essencial para segurança dos condomínios
O Brasil é o país com maior número de raios em todo o mundo. Segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), são cerca de 57,8 milhões por ano. O Estado de São Paulo ocupa o 10º lugar entre os estados brasileiros com maior incidência por metro quadrado. Para se prevenir contra essa descarga de energia que pode levar a prejuízos materiais, acidentes e morte, é essencial que os condomínios contem com para-raios.
Ele é um equipamento indispensável para manter a segurança desses empreendimentos, principalmente os verticais. Trata-se de uma haste de metal instalada no topo dos edifícios com o objetivo de atrair os raios e desviá-los para o chão.
Caso o condomínio não tenha essa proteção, ou esteja com um sistema inadequado ou sem manutenção, os raios podem danificar as estruturas da edificação e percorrer as instalações elétricas. Além disso, a integridade física de condôminos que estiverem transitando pelo condomínio fica comprometida.
E, como sabemos, qualquer dano, problema ou acidente que envolva a estrutura condominial deve ser respondido pelo síndico, tanto em juízo quanto fora dele. Nesse caso, como diz o ditado, “prevenir é melhor do que remediar”.
O que diz a lei
Apesar de a NBR 5419, da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT), não dar uma informação direta sobre a obrigatoriedade do uso de para-raios em condomínios do Brasil, ela estabelece normas a serem cumpridas. Entre elas está a necessidade das edificações terem um sistema de proteção a descargas atmosféricas.
Além disso, é necessário atentar para a legislação de cada estado. Em São Paulo, por exemplo, a lei obriga qualquer edifício com mais de um andar a possuir um para-raios. Além disso, a recomendação é que todo tipo de residência conte com o equipamento.
Tipos de para-raios
No Brasil existem dois modelos de para-raios. São eles:
Para-raios de Franklin
Esse é o sistema mais utilizado por apresentar maior eficácia contra descargas elétricas. O para-raios de Franklin é composto por uma haste metálica onde se situam captores e um cabo de condução. O cabo leva a energia da descarga elétrica até o solo, onde é descarregada.
Para-raios de Melsens
O para-raios de Melsens se diferencia do primeiro modelo citado pois adota a Gaiola de Faraday. Nesse caso a edificação fica envolvida por uma armadura e uma malha de fios metálicos com hastes que são instaladas no telhado. Nesse caso, o sistema de captação de descargas são as hastes e o sistema de condução é a armadura metálica.
Em prédios com mais de 20 andares, o indicado é que sejam utilizados os dois tipos de
para-raios para uma maior segurança.
Importância da manutenção
Assim como qualquer sistema ou estrutura de um condomínio, os para-raios também devem passar por manutenção preventiva. No caso desses equipamentos, o indicado é que ocorram visitas técnicas a cada seis meses.
– Caixa d’água e antenas de TV por satélite: Como antenas e caixa d’água são condutores de energia, precisa verificar se as mesmas encontram-se aterradas.
– Peças em geral: As peças precisam ser repostas principalmente se o condomínio fica próximo ao mar, essa manutenção tem que ser periódica.
– Lâmpada do para-raios: Verificar sempre a lâmpada no topo do equipamento repondo sempre que a mesma tiver queimada.
– Cabos e captores: Verificar se estão fixados, em boas condições, limpos e revisados evitando que os cabos oxidem, caso ocorra a troca deverá ser feita.
Essas manutenções devem ser realizadas antes da chegada do período de chuva, que no Brasil ocorre durante a primavera/verão.
Dessa forma, é possível averiguar se o para-raios está em perfeito funcionamento. Do contrário, são realizados reparos ou mesmo a troca do equipamento antes que prejuízos e acidentes ocorram.
Nosso artigo sobre para-raios em condomínios esclareceu suas dúvidas? Então mantenha as manutenções dos equipamentos do seu condomínio em dia e evite surpresas. Saiba aqui como lhe dar com despesas extras.
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